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O desafio da gestão do fluxo dos pacientes cirúrgicos no Brasil

gestão do fluxo dos pacientes cirúrgicos no Brasil

Em todos os estados brasileiros podemos observar desafios relacionados ao atendimento da população nas unidades de saúde. São questões como falta de especialidades médicas, instalações precárias, equipamentos quebrados ou a grande espera nas filas para cirurgias e exames.  

Se a situação já era complexa, tornou-se ainda mais difícil com a chegada da pandemia que, entre outras consequências, tem colaborado para que cirurgias – eletivas ou não – fiquem estagnadas, aumentando cada vez mais o prazo para sua realização.  

Esse agravamento na gestão do fluxo de pacientes cirúrgicos tem como efeito mais cruel a piora no quadro clínico de milhares de brasileiros, comprometendo seu trabalho, sua saúde física e emocional, bem como afetando a família. 

Mas existem outras implicações provenientes dessa situação, entre elas:  

  • Falta de transparência no processo; 
  • Quadros clínicos simples ficam esquecidos na fila e acabam se agravando, causando dificuldades para o paciente e hospital; 
  • Elevação dos custos para o sistema público de saúde; 
  • Dificuldade em criar protocolos e estratégias específicas por tipo de doença ou tratamento; 
  • Aumento do tempo alocado em atividades burocráticas pelos profissionais de saúde ao invés de foco nas atividades-fim. 

Como converter tantos, e grandes, desafios em oportunidades para melhoria na saúde pública e na gestão hospitalar?  

Esta é uma das propostas deste artigo que, também, permitirá conhecer um pouco mais os principais desafios da gestão do fluxo de pacientes cirúrgicos no Brasil; além de entender como algumas alternativas podem ajudar a solucionar estes problemas de forma rápida, eficiente e justa.  

Os serviços de saúde no Brasil 

De forma histórica, os serviços de saúde no Brasil apresentam dificuldades para atender suas demandas. 

Tanto que, de acordo com a revisão do Conselho Federal de Medicina (CFM), cerca de 900 mil pacientes aguardam nas filas para cirurgias eletivas em diferentes especialidades, com tempos de espera que não são aceitáveis, de até 12 anos, e que colocam a saúde do paciente em riscos que poderiam ser evitados.  

Isso sobrecarrega as equipes, causa impacto negativo no sistema de saúde e também na sociedade. 

Elemento crítico relacionado à quantidade e qualidade da oferta de serviços de saúde, a priorização de atendimento para cirurgias exige uma boa gestão hospitalar para realizar o planejamento e controle de todo o processo. 

É preciso organizar o acesso dos pacientes a tais serviços de forma transparente e justa, considerando critérios clínicos e tempo de espera na fila, definindo prioridades, hierarquizando problemas, criando novos protocolos, identificando restrições e otimizando a capacidade instalada nos serviços hospitalares. 

Nesse sentido, métodos analógicos que exigem grande esforço para levantamento de informações e constante atualização de planilhas se mostram ultrapassados, além de aumentar a possibilidade de erros e comprometer tempo de profissionais que poderiam estar se dedicando a outras tarefas mais estratégicas. 

O gerenciamento do fluxo do paciente cirúrgico deve ser feito por ferramentas que possam garantir que pacientes estejam sendo tratados de forma oportuna e efetiva, com atualização, revisão e auditoria da lista de espera de maneira contínua, considerando os critérios objetivos e baseando-os em protocolos assistenciais. 

Essa necessidade de inovação, não apenas para melhor gerenciamento de filas cirúrgicas, mas para outras funções na área de saúde, tem promovido uma verdadeira revolução tecnológica no setor, graças ao apoio de healthtechs

Fornecendo soluções inovadoras para acesso à informação, telemedicina, tecnologias para monitoramento de pacientes e, também, para a gestão do fluxo de pacientes cirúrgicos ser mais justa e transparente – caso de EzList, que abordaremos com mais detalhe ao longo deste artigo. 

A importância do acesso a assistência cirúrgica 

Essencial para a prevenção de incapacidades crônicas e mortalidade, muitas vezes a cirurgia é a única solução para evitá-las como em casos de lesões, queimaduras, violência, acidentes, complicações obstétricas e outras emergências que afetam a qualidade de vida do indivíduo. 

Estando no final do espectro de modelo curativo clássico, independentemente de estratégias de prevenção bem-sucedidas, a cirurgia sempre será responsável por uma parcela significativa do ônus da doença da sociedade. 

Em países em desenvolvimento, como o Brasil, onde o tratamento preventivo conservador não está disponível prontamente, a incidência de complicações na saúde é elevada de maneira expressiva, acumulando doenças cirúrgicas não tratadas. 

Ao mesmo tempo, o acesso e cobertura dos serviços cirúrgicos essenciais não estão garantidos de forma ampla.  

Como consequência, enquanto aguardam em filas para cirurgias, doenças se agravam, afetando condições socioeconômicas da população ativa, prejudicando a qualidade de vida e aumentando a letalidade

Além de melhorar o quadro clínico e as condições de vida do paciente, as intervenções cirúrgicas reduzem a mortalidade e permite ao indivíduo voltar a contribuir para a sociedade – enquanto aguarda pela cirurgia, a pessoa pode ficar fora do mercado de trabalho, o que pode afetar, também, a saúde financeira. 

Principais desafios da gestão do fluxo de pacientes cirúrgicos no Brasil 

As filas para cirurgias em hospitais são formadas por pacientes que esperam por intervenções cirúrgicas, sejam elas eletivas ou não, cuja demanda é maior que a oferta de vagas.  

Desde 2017, o Ministério da Saúde determinou a unificação das filas para cirurgias eletivas por meio da Portaria de número 1.294/17, pelo Sistema Nacional de Regulação (SisReg), visando centralizar os procedimentos de gestões municipais e estaduais.  

Os dados são inseridos na fila de espera por ordem de consulta. No entanto, outros critérios deveriam ser avaliados para que a gestão do fluxo de pacientes cirúrgicos tivesse efetiva organização, rapidez, funcionamento e justiça, como veremos adiante. 

Após a inserção, é sabido que o número de pacientes em fila não é real, em função de problemas como:  

  • Pacientes não podem ser cadastrados – as filas são fechadas; 
  • Duplicações de nomes; 
  • Falta de acompanhamento. 

Há a necessidade de atualização mais constante dada a volatilidade dos casos clínicos. Como consequência, as informações consolidadas ficam desatualizadas e incompletas impossibilitando o aumento de ações estratégicas direcionadas por tipo de doença – com o intuito de reduzir ou acabar com a fila para cirurgia. 

Devemos lembrar também que, mesmo estando em uma fila geral, existe uma gestão interna em cada hospital que deve “alimentar” a gestão pública e fornecer informações e processos relevantes para a gestão operacional do dia-a-dia. 

Como podemos notar, existem grandes desafios a serem enfrentados pelo setor de saúde quando falamos em gestão do fluxo de pacientes cirúrgicos.  

Alguns já apontamos acima, mas existem outros dois que precisam ser mencionados e enfrentados para amenizar o impacto da fila de espera para cirurgias

Acompanhe! 

Melhorar a gestão 

A dificuldade de monitoramento dos pacientes de cirurgia em tempo real torna-se um grande desafio, bem como planejar e avaliar a capacidade dos sistemas produtivos. 

Gerenciar os serviços de saúde traz a necessidade de maior estruturação para coleta de dados, análise de informações, administração de materiais e recursos humanos com flexibilidade, rapidez, escalabilidade, colaboração e integração. Dessa forma, a relevância e indispensabilidade de adquirir e aplicar sistemas de informações mais robustos é comprovada e urgente.  

Somente assim, podemos criar um efetivo modelo de saúde que tenha suas engrenagens funcionando como um sistema e proporcionando decisões fundamentadas em dados e que tragam maior eficácia e eficiência. 

Adequar a estrutura às necessidades 

A falta de estrutura é outro dos principais entraves que aumentam o desafio da gestão do fluxo de pacientes cirúrgicos no Brasil. 

A longa espera causada pelo atraso nos procedimentos muitas vezes é resultado da falta de materiais, salas disponíveis, instrumentos sucateados, equipamentos quebrados, e outros fatores. 

Em um setor em que a falta de verbas é uma realidade constante, a solução pode estar no acesso a informações que permitam identificar formas de economizar com inteligência, distribuindo os recursos de modo estratégico.  

Critérios fundamentais para o gerenciamento de filas para cirurgias 

Com a possibilidade da variação do tempo de espera das filas para cirurgias por diversos fatores, alguns critérios devem ser considerados como os principais para manter a organização, eficiência, transparência e justiça no período em que um paciente aguarda a sua vez. 

1. Recursos hospitalares 

Os recursos hospitalares são critérios que devem ser avaliados para gerenciar filas para cirurgias considerando fatores como, a estrutura da sala cirúrgica para a realização do procedimento, equipamentos disponíveis e funcionantes, materiais especiais que devem ser terceirizados, estoques, disponibilidade de instrumentos, vestuário disponível e mais. 

Aqui, incluímos a equipe de profissionais que é necessária para a realização do procedimento com segurança e êxito. 

2. Gravidade do quadro clínico 

A gravidade do quadro clínico do paciente é um critério essencial que deve ser analisado com muito cuidado no momento de gerenciar as filas para cirurgias. Pode-se notar com alguma frequência casos em que o paciente apresenta complicações no período de espera para a cirurgia, resultando assim, na mudança de seu lugar para os primeiros lugares.  

Cada vez mais critérios utilizando inteligência artificial pode aqui serem combinados, trazendo mais exatidão, além de suscitar profundas discussões sobre chances de sucesso no tratamento ou qualidade na sobrevida, impacto de comorbidades, idade, DNA etc.  

É essencial que casos mais graves sejam priorizados, mantendo esses pacientes no início da fila para que o procedimento cirúrgico possa ser realizado o mais rápido possível, evitando complicações e, em casos extremos, o óbito. 

3. Tempo de espera 

Outro ponto que precisa ser considerado na gestão do fluxo de pacientes cirúrgicos é o tempo que o paciente aguarda para ser operado.  

É comum que casos mais simples sejam esquecidos na fila de cirurgia, enquanto se agravam, passando a exigir maiores recursos e tempo quando são, finalmente, contemplados. 

4. Tipos de procedimento cirúrgico 

Os diferentes tipos de procedimentos realizados também são critérios que devem ser observados no momento de gerenciar o fluxo de pacientes cirúrgicos. Visto que alguns procedimentos são mais comuns e menos complexos que outros, motivo que os leva a serem realizados com maior frequência.  

Outras cirurgias podem depender da disponibilidade de equipes especialistas, equipamentos especialmente produzidos e peças terceirizadas que a instituição não tenha. Assim, a classificação dos pacientes na fila de espera pode mudar de acordo com o tipo de procedimento cirúrgico. 

5. Subespecialidades 

Ao considerar que os tipos de procedimentos cirúrgicos são critérios para o gerenciamento da fila, as especialidades também costumam apresentar seus próprios parâmetros. Afinal, em cada especialidade médica existem diferentes subespecialidades nas quais os pacientes se adequam, com quadros graves e moderados.  

Temos como exemplo a ginecologia. Diante dessa especialidade estão pacientes em uma subespecialidade de acordo com o procedimento cirúrgico a que serão submetidas. Entre cirurgias de retirada de cistos, trompas, miomas, ovário, colo do útero, mama, oncologia ginecológica, cesarianas e outros procedimentos, as pacientes devem aguardar de acordo com a emergência e complexidade do procedimento. 

6. Leitos disponíveis para pós-operatório 

A disponibilidade de leitos para o pós-operatório também é um critério com grande influência no momento da gestão do fluxo de pacientes cirúrgicos, tornando-se um grande desafio.  

Principalmente para aqueles procedimentos em que o pós-operatório deve ser realizado por algum tempo em um leito de UTI, é possível haver grandes atrasos pela falta de vagas, tendo em vista a grande demanda nesta unidade. 

EzList: solução moderna e eficiente para superar desafios das filas para cirurgias

Analisando as informações acima, podemos perceber que por meio de uma gestão hospitalar que tenha o auxílio de soluções modernas, desenvolvidas por profissionais que conhecem e entendem as particularidades do setor de saúde, é possível combinar um atendimento mais justo e eficiente no nível operacional com a consolidação de informações táticas e estratégicas visando atuar com foco e objetividade através de novos protocolos, ações específicas por tipo de tratamento e maior entendimento do quadro de cada paciente.    

EzList é uma plataforma em nuvem única que pode atender hospitais, rede e governo no mesmo ambiente. Acompanha os pacientes da solicitação o acompanhamento pós-operatório, priorizando os atendimentos através de critérios objetivos estabelecidos pelas equipes médicas e específicos por tipo de procedimento.  

Com base na condição clínica do paciente, recursos hospitalares disponíveis e sem esquecer o tempo que o paciente aguarda para ser operado, é possível gerenciar o volume e o fluxo com eficiência, segurança e de forma justa.  

Afinal, ela consegue levar o paciente que mais precisa de atendimento para o início da fila, evitando que seu quadro tenha alguma piora e, consequentemente, exija cuidados mais complexos, colocando sua vida em risco.  

Além disso, um software para gestão do fluxo de pacientes cirúrgicos, permite acesso de qualquer lugar, a qualquer momento, possibilitando que os profissionais possam debater sobre os casos e facilitar a tomada de decisão. 

A gestão é feita de forma prática e simples, em uma única tela, ajudando a otimizar o tempo para realizar o bate-mapa sempre que desejar (estratégia usada para o cumprimento da programação cirúrgica). 

Existem muitas outras vantagens em adotar a EzList. Entre elas podemos citar: 

  • Inserção de solicitação de procedimento em menos de 1 minuto; 
  • Ordenação automática e imediata após a inserção da solicitação, segundo os critérios clínicos e restrições hospitalares, permitindo ao médico adequar o tratamento durante a consulta; 
  • Autonomia e flexibilidade para criação e alteração dos critérios utilizados para a ordenação pela própria equipe médica, sem precisar da área de tecnologia, podendo utilizar-se de benchmarks;  
  • Padronização de protocolos para atendimento de pacientes cirúrgicos; 
  • Acompanhamento do fluxo do paciente cirúrgico desde a solicitação do procedimento até o final do acompanhamento pós-ambulatório, trazendo análises por comorbidades e complicações pós cirúrgicas imediatas ou tardias; 
  • Bate-mapa de confirmação cirúrgica; 
  • Análises por grupo de comorbidades e complicações pós-operatórias; 
  • Geração de informações consolidadas online e real time para decisões táticas e estratégicas nos hospitais, redes ou governo. 

EzList é uma solução amigável e altamente intuitiva que permite aos responsáveis pela gestão da fila para cirurgia tomarem decisões seguras e ágeis, tendo mais tempo para se dedicar ao que realmente importa: o cuidado com os pacientes e sua atualização profissional. 

Ao consolidar os dados referentes ao fluxo e volume cirúrgico, a plataforma permite uma gestão do fluxo de pacientes cirúrgicos  mais eficiente dentro das unidades de cirurgia e a otimização de protocolos, além de fornecer informações que aumentam a visibilidade do hospital dentro de todas as unidades da rede hospitalar e do sistema de saúde como um todo, o que valoriza a imagem do hospital e de seus profissionais. 

Promovendo mudanças tão positivas e fornecendo dados, EzList tem potencial para colaborar com melhorias significativas nas políticas públicas em saúde. Inclusive, será ferramenta essencial quando o Projeto de Lei 1067/2018, que institui a transparência na fila de espera por consulta, exames, tratamentos e cirurgias realizados no SUS –Sistema Único de Saúde, entrar em vigor no país. 

Em relação aos aspectos técnicos, EzList pode começar a funcionar de forma independente inclusive no mesmo dia de sua aquisição, ou pode ser integrado aos demais softwares utilizados no hospital 

Até mesmo sua comercialização apresenta vantagens, já que a assinatura pode ser feita por pessoa jurídica ou física por estar totalmente alinhada às diretrizes da LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados. 

O desafio da gestão do fluxo de pacientes cirúrgicos no Brasil é um problema que se arrasta há anos e, a solução para tais dilemas está muito bem representada em ferramentas de gestão, como a EzList.  

Ela está apta a promover mudanças não só no atendimento aos pacientes, mas também na maneira de promover transparência, organização, segurança e justiça aos usuários. 

Quer saber mais sobre como a EzList pode te ajudar na gestão do fluxo de pacientes cirúrgicos? Fale com nossos especialistas e solicite uma demonstração agora mesmo: 

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