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Espera na fila cirúrgica também afeta as emoções

Espera na fila cirúrgica também afeta as emoções

A espera na fila cirúrgica sempre uma foi preocupação para pacientes e profissionais de saúde, afinal, adiar procedimentos gera um saldo negativo para quem precisa operar. 

Mas profissionais e hospitais também sofrem com o adiamento. Os primeiros porque desejam efetuar o tratamento e dar alta para seus pacientes o quanto antes, garantindo a essas pessoas bem-estar e qualidade de vida. 

Os hospitais porque sabem que, além de tudo, o adiamento significa maior gastos em valores e tempo. E, não raro, com menor qualidade nos resultados – quanto antes tratar, maiores as chances de resolver questões de saúde. 

Por isso, a queda acentuada em cirurgias no Brasil, em virtude da pandemia da Covid-19, vem gerando grande preocupação. 

E não é só o corpo que padece. Levantamentos da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, e da Universidade de Manitoba, Canadá, mostram como a espera na fila cirúrgica também afeta as emoções. 

Saiba mais! 

A queda no número de cirurgias realizadas no Brasil 

Segundo matéria do jornal Valor Econômico, em 2020 o SUS – Sistema Único de Saúde deixou de realizar quase 1 milhão de cirurgias. Isso quando comparado com a quantidade de procedimentos realizados no ano anterior. 

Isso significa que esses procedimentos não realizados vão aumentar ainda mais a espera na fila cirúrgica. E vão se tornar um desafio ainda maior do que sempre foram, tão logo a pandemia seja controlada e os hospitais voltem a operar. 

Esses adiamentos representam uma das consequências da pandemia provocada pelo Novo Coronavírus. 

Em alguns casos, os próprios pacientes são responsáveis pelo cancelamento do procedimento cirúrgico por medo da infecção. Mas na maioria das vezes, foram os hospitais que adiaram cirurgias eletivas para absorver o atendimento a pessoas com Covid-19.  

Um bom exemplo vem da pesquisa da SBU – Sociedade Brasileira de Urologia junto aos seus associados, comprovando acentuada queda nas cirurgias urológicas. 

Segundo avaliação da SBU, os resultados relativos à diminuição assistencial são alarmantes, visto que mais da metade dos pacientes que necessitavam de procedimento cirúrgico deixaram de ser operados.  

Com consultórios trabalhando parcialmente, a queda em cirurgias oncológicas de próstata está relacionada ao temor do contágio pessoal e potencial transmissão da Covid-19. 

Com a expectativa de retorno à normalidade ainda questionável, entende-se que serão muitos pacientes relativamente graves na fila cirúrgica de uma única vez. 

Espera na fila cirúrgica: como afeta o lado psicológico?  

Logo após o início da pandemia, a pesquisadora Mary Byrnes do Departamento de Cirurgia da Michigan Medicine, passou a ligar para pacientes que tiveram suas cirurgias canceladas ou adiadas

Sua intenção era entender de que modo o adiamento da cirurgia cardiovascular afetava aquelas pessoas. Por dez dias ela ouviu vários relatos e os classificou em três tipos de sentimentos básicos: 

  1. Medo – provocado pela espera e por não saber se o organismo suportaria um eventual ataque mais forte; 
  1. Sofrimento  proveniente da ansiedade de não saber quando poderá efetuar o procedimento, bem como do mal-estar proveniente da doença; 
  1. Altruísmo – pacientes que reconhecem que os profissionais de saúde estão sobrecarregados e, por isso, acreditam que o adiamento é importante para que consigam voltar a uma rotina menos estressante. 

Esse levantamento reforça como o paciente, e seus familiares, sofrem com a espera na fila cirúrgica.  

Mesma conclusão do estudo da Universidade de Manitoba, no Canadá. Ele mostra como pacientes que cancelaram cirurgias apresentaram aumento na preocupação, estresse e ansiedade. 

E o sofrimento é real, afinal, cada dia aguardando pelo procedimento significa incertezas para a saúde, a vida profissional e pessoal.  

Assim, diante dessa situação de impotência, planos são adiados e a qualidade de vida é afetada de modo profundo. 

Consequências de maior espera na fila cirúrgica 

A acentuada queda de cirurgias durante a pandemia, levará o sistema de saúde a ter uma espera na fila cirúrgica maior do que ocorria anteriormente. 

Isso vai exigir do poder público e dos gestores de saúde, mudanças na organização dessas filas ao final da pandemia. 

Um gerenciamento eficiente será essencial para usar os recursos de modo inteligente, afinal, tudo indica que haverá aumento nos custos do sistema. 

Além disso, será preciso definir critérios claros e aumentar a capacidade de realizar procedimentos, tão logo seja possível.  

Assim, será possível recuperar o atraso e diminuir o tempo de espera na fila cirúrgica. 

Gestão eficiente de fila de espera cirúrgica é essencial 

Esse é um cenário desafiador, não só para os pacientes em espera na fila cirúrgica, mas também para o sistema de saúde.  

É preciso que os especialistas do setor iniciem, desde já, discussões que permitam soluções para um quadro que reúne muitos fatores complexos.  

Entre eles: maior número de cirurgias e de urgências, mais quadros clínicos agravados. Em contrapartida, menos recursos, profissionais esgotados com o enfrentamento da pandemia, pacientes ansiosos e há mais tempo aguardando na fila. 

As políticas públicas de saúde também precisarão acompanhar todas essas mudanças trazidas pela pandemia.  

Nesse sentido, o Projeto de Lei 10167/2018 é muito importante, já que propõe maior transparência nas filas de espera e maior padronização em todo o Sistema Único de Saúde (SUS). 

Às instituições de saúde cabe fornecer dados relevantes e confiáveis que colaborem com a construção de um sistema que atenda as reais necessidades da população. 

Por isso, é muito importante que a gestão hospitalar conte com soluções modernas que gerem informações e otimizem as filas cirúrgicas. E, ainda, combinem um atendimento mais justo e eficiente no nível operacional com a consolidação de informações táticas e estratégicas.  

Isso torna possível atuar com foco e objetividade por meio de novos protocolos, ações específicas por tipo de tratamento e definição de critérios justos de atendimento.  

Como vimos, a queda em cirurgias provoca consequências físicas e emocionais na vida do paciente. Além disso, aumentará ainda mais a espera na fila cirúrgica. 

O setor precisará se unir em busca de soluções para grandes desafios. Nesse processo, contar com recursos tecnológicos será essencial. 

É o caso de EzListplataforma em nuvem que viabiliza o acompanhamento dos pacientes, desde a solicitação da cirurgia até o pós-operatório. 

Quer ter mais informações relacionadas à gestão de saúde? Então, conheça nosso blog e fique por dentro das novidades! 

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