A fila de cirurgia do câncer sempre foi uma preocupação, tendo em vista a urgência desses casos.
No entanto, a pandemia de Covid-19 exigiu mudanças na assistência do paciente oncológico, visando diminuir os efeitos negativos da doença em pacientes submetidos ao tratamento.
Dessa forma, a fila de cirurgia do câncer sofreu grande impacto, como apontou a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS, a pandemia interrompeu parcial ou totalmente os serviços oncológicos em 53 países da Europa e Ásia Central. Um efeito catastrófico para pacientes que brigam contra o relógio.
Mas, e no Brasil? Como fica a fila de cirurgia do câncer para brasileiros que sofrem com a doença e necessitam de tratamento cirúrgico?
Neste artigo vamos mostrar essa realidade, o impacto na vida do paciente e como isso pode ser minimizado!
A fila de cirurgia do câncer durante a pandemia no Brasil
Segundo cálculo da Sociedade Brasileira de Patologia e Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica mais de 50 mil diagnósticos de câncer não foram feitos no país. Isso somente entre março e maio de 2020.
Considerando que o período da pandemia já dura mais de um ano, este número pode ter proporções gigantescas. Afinal, a projeção para novos casos da doença é de 600 mil ao ano, de acordo com informações do Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Isso acontece porque a pandemia afetou o sistema de saúde de diversas formas, principalmente no rastreamento e tratamento oncológico. Assim, houve paralisação da fila de cirurgia de câncer, bem como a suspensão dos procedimentos eletivos.
Tudo isso para reduzir os riscos da disseminação do Novo Coronavírus e priorizar urgências.
Além do mais, estudo do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein observou que um número maior de pacientes iniciou tratamento com drogas orais. O que representa um esforço para evitar visitas frequentes ao centro oncológico para terapias intravenosas.
Todas estas modificações alteraram o fluxo de cirurgias para tratamento e diagnóstico oncológico.
Segundo a Sociedade Brasileira de Patologia, os procedimentos que foram mais afetados pelo adiamento dos procedimentos cirúrgicos foram: colo retal, mama, pâncreas, estômago, pulmão.
Além disso, a redução nos diagnósticos desde o início da pandemia pode chegar a até 90% em alguns casos, tendo como média 50%.
Sendo assim, a necessidade de tratamento cirúrgico continua tornando a paralisação da fila de cirurgia do câncer um grande problema para os pacientes.
Impacto da espera por cirurgia na vida dos pacientes oncológicos
Com a paralisação da fila de cirurgia do câncer, o tratamento destes pacientes se tornou um dilema.
A incerteza relacionada às preocupações com a progressão da doença e o impacto negativo na sobrevida afeta a qualidade de vida, gerando medo, preocupação e angústia. Não só nos pacientes, mas também entre seus familiares.
É inegável a urgência do paciente em ter o tratamento correto no momento adequado, principalmente para quadros mais avançados da doença.
Assusta ainda mais saber que a falta ou atraso de cirurgias oncológicas, assim como exames que podem ajudar na detecção da doença, geram resultados negativos.
O primeiro deles é que o tratamento da doença em estágios mais avançados no futuro, diminui a chance de cura.
Além disso, os custos para tratar e operar também serão maiores. E com um orçamento sempre enxuto, economia é importante para atender mais e melhor!
No entanto, diante da realidade atual, infelizmente, existe uma grande possibilidade de crescimento no número de óbitos por CA na próxima década.
Por isso, é extremamente urgente buscarmos meios de reverter essas previsões, com uma gestão de fila de cirurgia do câncer mais eficiente.
Fila de cirurgia do câncer: o que pode ser feito diante da realidade atual?
A fila de cirurgia do câncer está parada por conta do risco de contaminação durante procedimentos. E, ainda, porque grande parte dos hospitais reservaram seus leitos para tratar a Covid-19.
Mas para o paciente que tem câncer, esperar não é opção.
Por isso, é essencial campanhas de conscientização que estimulem a população a buscar um centro médico no caso de sintomas suspeitos.
Da mesma forma, o esclarecimento deve mostrar os efeitos negativos de interromper tratamentos por conta própria.
Também é importante que as pessoas saibam que os hospitais e centros cirúrgicos possuem protocolos rígidos de segurança, intensificados com a pandemia.
Outro fator a considerar é o socioeconômico, uma vez que muitos pacientes precisam sair de suas cidades para realizar o tratamento ou cirurgia. Portanto, é preciso oferecer condições para esses deslocamentos.
Mais do que nunca, a gestão de fila de cirurgia do câncer precisa ser justa.
Como vimos, a tendência é que a fila de cirurgia do câncer cresça ainda mais. E pela urgência exigida pela doença, será preciso um gerenciamento eficiente, garantindo que os pacientes que mais necessitam do procedimento no momento tenham preferência.
Além de critérios objetivos e específicos que considerem o nível de gravidade de cada caso, deve-se considerar os recursos disponíveis no hospital.
Fator especialmente importante, é o tempo de espera na fila, uma vez que a doença costuma evoluir de forma rápida.
Também fará toda a diferença que o paciente acompanhe e saiba com segurança qual o seu lugar na fila de cirurgia do câncer. Desse modo poderá se programar e ter maior controle da ansiedade.
Equilíbrio, eficiência e segurança. Mais do que nunca esses fatores devem permear a gestão hospitalar para que ela seja justa. E, também, possa levar ao início da fila quem mais precisa do atendimento, sem se esquecer daqueles que estão há muito tempo aguardando a operação.
Mesmo com o impacto gerado pela pandemia na fila de cirurgia do câncer, a espera pode ser minimizada com a utilização de alternativas como a EzList, auxiliando a gestão hospitalar por meio de transformações tecnológicas na saúde.
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